quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dr. Júlio Cesar Voltarelli - pioneiro em pesquisas com células-tronco no Brasil


O Dr. Júlio Cesar Voltarelli (1948-2012), professor e cientista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Campus de Ribeirão Preto) - FMRP, foi o primeiro cientista brasileiro a testar células-tronco para o tratamento de diabetes. Ele era considerado uma figura controversa no meio acadêmico por testar idéias que ainda pouco aceitas na comunidade científica.

Graduado em medicina e com experiência nas áreas de imunologia clínica, hematologia e hemoterapia, o Dr. Voltarelli teve suas pesquisas publicadas em periódicos internacionais e escreveu o primeiro tratado brasileiro completo - com quase 1,3 mil páginas - sobre transplante de células-tronco hematopoiéticas (aquelas que têm potencial para formação de sangue).

Entre as diversas conquistas científicas, o Dr. Voltarelli e seu grupo na FMRP-USP criaram a técnica de tratamento conhecida hoje como "reset imunológico", aplicada a diabetes tipo 1 - da qual já falamos aqui no blog e conseguiram reverter déficits neurológicos em estágios iniciais em pacientes com esclerose múltipla a partir de transplante autólogo de células-tronco.

Incansável estudioso, Voltarelli graduou-se em Medicina; fez mestrado e doutorado em Hematologia/Imunologia (todos pela USP); pós-doutorou-se pela Universidade da Califórnia, pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center e pelo Scripps Research Institute, nos EUA. E ainda foi professor titular do Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP e pesquisador do Centro de Terapia Celular (CEPID-FAPESP) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular (CNPq).

O Brasil perdeu um importante cientista em 21 de abril de 2012. O Dr. Voltarelli faleceu  aos 63 anos, em consequência de complicações de um transplante de fígado e, na ocasião, o prefeito de Ribeirão Preto decretou luto oficial de três dias em sua homenagem. Também como reconhecimento pelo seu pioneirismo e importância dentro do cenário científico brasileiro, o Grupo de Apoio ao Transplantado de Medula Óssea - GATMO, em 27 de setembro de 2013, decidiu por unanimidade prestar uma homenagem à Voltarelli e, dentre as atividades de aniversário do seu 21º ano de existência, a casa de apoio (GATMO) passou a se chamar "Casa de Apoio Dr. Júlio Cesar Voltarelli".

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Coleta de células-tronco do cordão umbilical

O vídeo exibe, detalhadamente, como é realizada à coleta de células-tronco do sangue de cordão umbilical.

Polêmicas envolvendo células-tronco embrionárias.

Não é de hoje que ciência e religião se digladiam pelo controle sobre o comportamento e os valores do homem. Não raro na história a moral sepultou inovações e descobertas científicas; não raro a ciência deflorou a vida e os direitos humanos.
Se você se debruçar sobre a questão com o olhar criterioso e investigativo dos que vasculham o inexplicado, recairá em uma discussão quase tão antiga quanto a própria humanidade: quais os riscos, os limites do avanço tecnocientífico? E quais os perigos do ostracismo, da manutenção de princípios conservadores? 

Sem dúvida, muitas pessoas argumentam que tal pesquisa é desnecessária porque também podem ser obtidas células-tronco a partir de adultos ou do sangue do cordão umbilical.


De fato, os cientistas podem trabalhar com dois tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas. As primeiras, que só ocorrem no início do desenvolvimento embrionário, são denominadas pluripotentes, pois podem se transformar em qualquer tipo de célula. Com elas se consegue formar de hemácias a células nervosas – essas fundamentais para o possível tratamento de doenças como Alzheimer ou lesões de medula espinhal. Já as células-tronco adultas (e aí se incluem as retiradas do cordão umbilical) só formam alguns tecidos, como músculo, osso ou cartilagem.

São várias as vantagens do uso das células embrionárias sobre as adultas. Pode-se destacar, além da sua pluripotência, a facilidade de seu isolamento – já que constituem a totalidade do embrião – e o maior controle na indução de sua especialização.

Além disso, a grande perspectiva é que, com o aprofundamento dos estudos nessa área, possamos compreender todos os mecanismos que regem a especialização de uma célula-tronco e, no futuro, aplicá-lo em células adultas, dispensando o uso de embriões.

Independente da discussão jurídico-moral, são incontáveis os exemplos de aplicação prática, potencial ou já realizável, desse tipo de célula: a reconstrução de tecidos perdidos por mutilações e acidentes; a regeneração de massa óssea em pessoas portadoras de osteoporose; reposição de tecido necrosado cardíaco após infartos; tratamento de Mal de Parkinson, Alzheimer e lesões neurológicas traumáticas e advindas de derrames; cura para diabetes tipo 1, hemofilia e leucemia; recuperação de tecido renal em pacientes com necessidade de transplante de rim; produção de tecido hepático para doentes com cirrose ou hepatite...

Entretanto, o desenvolvimento de todas essas perspectivas está seriamente ameaçado no nosso país devido ao atraso com as pesquisas de células-tronco embrionárias. Será que teremos, no futuro, que pagar royalties enormes para importar uma tecnologia que podia ter sido desenvolvida por nós?

E as famílias, que por não possuírem recursos para viabilizar tratamentos no exterior, terão que assistir, impotentes, ao avanço de doenças em seus entes queridos? O Brasil dispõe do principal para o desenvolvimento de qualquer tecnologia nova: cientistas especializados e capacitados.

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4145/1/A-POLEMICA-DAS-CELULAS---TRONCO/Paacutegina1.html

A 1° brasileira que utilizou células-tronco em seu tratamento contra a paralisia cerebral



Clarinha adquiriu paralisia cerebral (encefalopatia hipóxico-isquêmica) por falta de oxigenação das células no cérebro no momento do nascimento. Seus pais, Carlos Edmard Pereira e Aline Pereira, souberam, atravez da internet, do tratamento feito com células-tronco do cordão umbilical, mas este tratamento ainda não é feito no Brasil.

O vídeo da reportagem (julho de 2009 - na Rede TV) mostra como a família se mobilizou para conseguir o tratamento para a filha no exterior. A família também foi notícia em vários canais de informação. Destacamos aqui a reportagem do site da Terra e do SBT.

Anualmente milhares de pessoas recorrem a algum tipo de tratamento médico com células tronco. O pioneiro foi o transplante de medula óssea para pacientes com doenças imunodepressivas. Na China, a Beike Biotechnology oferece tratamento com células tronco e recebe pacientes do mundo todo.

Dente de Leite: Fonte de células-tronco.


Com as pesquisas cada vez mais avançando na área da medicina, precisamos ficar atentos a momentos que são únicos.  Você provavelmente já ouviu falar nas células-tronco do cordão umbilical e da importância de seu armazenamento em banco específico para futura utilização caso necessário. Ou já soube de alguém que fez doação de medula óssea. O que poucos sabem é que o dente de leite é fonte de células-tronco. As pesquisas são recentes, mas determinantes. E o benefício se estende aos familiares do doador.

Cada criança, a partir dos 2,5 a 3 anos de idade, passa a ter 20 dentes de leite. A troca dos mesmos pelos dentes permanentes ocorre entre os 6 e 12 anos de idade. Neste período, se a família fizer opção por armazenar o material do dente, deve se informar a respeito.

O odontopediatra está apto a auxiliar na coleta, mas esta também pode ser realizada pela própria família. Para tanto, um centro de tecnologia celular, reconhecido pela ANVISA, deve ser contratado. A partir daí você será orientado a como proceder. Mas, em resumo, a família receberá um kit próximo à data em que o dente alvo estiver para cair. Assim que o mesmo for extraído ou se soltar naturalmente, deverá ser inserido em líquido e recipiente próprios, que manterão o dente nas condições adequadas para a finalidade a que se propõe. O banco deverá ser comunicado para que providencie o condução do mesmo o mais rápido possível para o seu destino. Um só dente de leite terá as células tronco multiplicadas e poderá ser usado pela família em mais de um caso, se necessário. Assim como já ocorre com o cordão umbilical, o dente de leite terá o tratamento complementar para que as células-tronco fiquem armazenadas pelo tempo desejado. 

As células-tronco comprovadamente podem ser usadas para o tratamento de doenças do sangue, tais como: leucemias, linfomas e anemias malignas. E no mundo existem mais de 300 tratamentos de doenças degenerativas sendo estudadas, com resultados animadores, como paraplegia, Mal de Parkinson e Alzheimer.

Porém, por ser recente, a liberação de cada novo uso das células-tronco para tratamento deve passar antes pela ANVISA e Conselho Federal de Medicina, mas casos isolados podem ser autorizados. A medicina está em constante evolução e as descobertas relacionadas com as células-tronco são relativamente recentes. 

A guarda do dente de leite vale a pena ser pensado pelos familiares. O molar de leite, por exemplo, cai geralmente após os dez anos de idade.
A imagem mostra polpa do dente de leite sendo retirada para a coleta de material.

sábado, 18 de abril de 2015

Transplante de células-tronco para diabetes tipo 1

Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo - Campus de Ribeirão Preto) desenvolveram um tratamento revolucionário para o tratamento da Diabetes Tipo 1. Nesta enfermidade, o sistema de defesa do organismo ataca "por engano" as células beta, que estão no pâncreas. São elas que produzem insulina, o hormônio que equilibra o nível de açúcar no sangue. Quando todas as células morrem o paciente precisa tomar injeções de insulina sintética para o resto da vida.

Há mais de uma década, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto começaram a mudar essa situação.

O tratamento é semalhante ao utilizado para pacientes de leucemia. O paciente passa por uma quimioterapia e enfrenta todos os efeitos colaterais, como náuseas e queda de cabelos - é necessário ficar em isolamento por várias semanas. Então, o sistema imunológico é reconstruído com injeções de células-tronco sadias que foram anteriormente retiradas do próprio paciente antes da quimioterapia. em seguida, espera-se que estas células-tronco reiniciem as defesas do corpo sem atacar a células que produzem a insulina. O tratamento só funciona quando administrado na fase inicial da doença, ou seja, para quem foi diagnosticado com diabetes tipo 1 a, no máximo, seis semanas. Assistam ao vídeo.

O uso de Células-tronco na medicina estética.

Você já ouviu falar em implante de fibroblastos? Pois trata-se de um procedimento que está sendo utilizado pela medicina estética para proporcionar o rejuvenecimento cutâneo. Este tratamento utiliza a tecnologia das células-tronco.

As células-tronco têm a capacidade de aumentar a quantidade de fibroblastos, que são células presentes na segunda camada de pele, a derme, e são responsáveis pela produção de colágeno e elastina. Desta forma, o tratamento com implante de fibroblastos possibilita o aumento também da produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico no organismo. Isso faz com que a pele fique mais firme, espessa e hidratada, combatendo, então, as rugas e a flacidez. 



 As células-tronco podem ser encontradas na região do epitélio, no sistema nervoso e na medula óssea, porém, para utilização estética são usadas apenas as do epitélio. O tratamento utiliza células-tronco adultas retiradas do próprio paciente, que são, posteriormente, reprogramadas geneticamente em laboratório.

O processo consiste na coleta da um fragmento de pele através de uma biópsia, tudo seguindo as normas da Anvisa. A retirada deve ser realizada preferencialmente de uma área do corpo que não tenha sido muitpo exposta ao sol, como o couro cabeludo da região atrás da cabeça.

Este material é enviado ao laboratório, onde os fibroblastos sãp separados das outras células da pele e tratados com fatores de crescimento que estimulam a sua multiplicação. Depois de algumas semanas, os fibroblastos cultivados são acondicionados em seringas, prontas para aplicação.


Após anestesia tópica (cremes anestésicos) e utilizando-se agulhas de fino calibre (1ml), os fibroblastos são implantados na região a ser tratada, obtendo assim novas "fábricas" de colágeno e elastina, capazes de restaurar o viço, a elasticidade e até mesmo corrigir rugas finas e sulcos. A quantidade a ser injetada vai depender da necessidade de cada paciente e a aplicação poe ocorrer não só na face, mas também nas mãos, pescoço e colo.

No Brasil, somente o laboratório Excellion, localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, é autorizado a realizar este procedimento. A partir de um fragmento de pele retirado do próprio paciente, serão processadas e multiplicadas as células de fibroblastos, responsáveis pela produção de colágeno e elastina. O paciente precisa esperar cerca um mês para retornar ao consultório  para fazer a aplicação. Mas parte desse material pode ser congelado e utilizado, futuramente, em outras aplicações.


A utilização de células-tronco pela medicina estética data de 1995. Os tratamentos que se utilizam desta tecnologia são o reparo dérmico e subcutâneo, preenchimento facial de rugas e linhas de expressão e melhoria na qualidade e flacidez da pele.

No pré-operatório é necessário que o paciente realize uma pequena biópsia da pele ou retire 70 ml de gordura, para servir de matriz à retirada, isolamento e multiplicação dos fibroblastos. Cerca de 40 dias após a coleta do material, o laboratório enviará uma quantidade de biomaterial suficiente para realizar três aplicações. 


Como o procedimento é autólogo (do próprio paciente) o corpo não rejeita as células-tronco, de modo que o risco de rejeição ou alergias é praticamente inexistente, tornando-se um processo bastante seguro e eficaz.

http://www.esteticas.com.br/celulas_tronco.htm

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Células-tronco mesenquimais (cordão umbilical) - Devemos preservar?

 
Existem dois tipos de células-tronco: embrionárias e adultas. Acredita-se que as embrionárias sejam mais capazes de regeneração, comparadas às células adultas, pelo fato de poderem se transformar em quase qualquer célula do corpo.

As célula-tronco embrionárias encontram-se no cordão umbilical e podem ser retiradas no momento do nascimento da crianças e armazenadas para posterior utilização, caso esta criança necessite futuramente passar por algum tratamento genético.


Necessidades como esta são raras, mas quando ocorrem levam o paciente e seus familiares a momentos de grande tensão durante a fase de procura por doadores compatíveis. Não é raro um paciente não encontrar nenhum doador aparentado e os doadores anônimos são poucos.




No caso de tratamentos com material genético do próprio paciente tudo fica mais fácil, principalmente porque pode englobar inclusive aquelas famílias de religiões que proíbem tratamentos que envolvam o sangue de terceiros.


Entre as doenças que podem ser tratadas com o uso de cordão umbilical estão: alguns tipos de leucemias (inclusive muitas delas malígnas), certas anemias, algumas doenças metabólicas, imunodeficiências, deficiências medulares, certos tipos de  hemoglobinopatias, além de doenças como Síndrome de Evans, Osteoporose e Histiocitose das células de Langerhans.

A Rede BrasilCord conta com 13 Bancos Públicos de sangue de Cordão Umbilical em funcionamento e com ela as chances de transplantes para pacientes que não possuem doador aparentado aumentam consideravelmente, bem como o número de transplantes a serem realizados, salvando mais vidas. A Rede BrasilCord é uma rede nacional de bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário para transplante de células-tronco hematopoiéticas. Criado em 29 de setembro de 2004 através da Portaria Nº 2.381/GM, essa Rede pública é formada pelos Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) já existentes e em operação no Instituto Nacional do Câncer - INCA/Rio de Janeiro e no Hospital Albert Einstein - HIAE/São Paulo, e pelos demais BSCUP que vierem a ser implantados, com base nas necessidades epidemiológicas, na diversidade étnica e genética da população brasileira e segundo critérios a serem estabelecidos pelo Ministério da Saúde.


O doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 30% das famílias brasileiras - para os 70% restantes é necessário identificar o doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários e bancos públicos de sangue de cordão umbilical.


A doação do cordão umbilical do recém-nascido para um banco público é voluntária e autorizada pela mãe do bebê. As unidades armazenadas ficam disponíveis para qualquer pessoa que precise de transplante de medula óssea, indicação para pacientes com leucemia e outras doenças do sangue.


Os bancos da Rede BrasilCord mantém convênio com determinadas maternidades. As doações só podem ser realizadas nestes hospitais conveniados, onde existem equipes treinadas para realizar a abordagem da gestante, acompanhamento da gestação e coleta do material no momento do nascimento.


O serviço de armazenamento de células-tronco do cordão umbilical não pode ser entendido como um seguro de vida. Não há nenhuma garantia sobre o resultado dos tratamentos e terapias.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Centro de armazenamento de células-tronco vai atender famílias pobres.


No dia 14 de abril de 2015 foi reinaugurado, após ampliação, o laboratório da empresa Cryopraxis, que atua na pesquisa e armazenamento de células do cordão umbilical. Considerado o maior centro de criogenia e armazenamento de amostras biológicas e de manipulação de células da América Latina, o laboratório se localiza no polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro (BIO-RIO).Foram investidos cerca de cinco milhões de reais na expansão do laboratório. Anteriomente a empresa possuia a capacidade de armazenar 40.000  unidades de sangue de cordão umbilical, passando a contar agora com a capacidade de 80.000. Além de duplicar a capacidade de processamento e armazenamento de unidades coletadas em todo país, a empresa, em parceria com instituições do Sistema Único de Saúde (SUS), destinará 10% de sua capacidade de armazenamento a famílias de baixa renda com histórico genético de leucemia.
Segundo a Diretora Técnica da Cryopraxis, Janaína Machado, "Se uma criança desenvolver uma leucemia, e houver a necessidade de um transplante de medula óssea, ela faz a requisição desse sangue que já está pronto para ser utilizado. Não há a necessidade de procurar em um banco público, que devido a grande miscigenação, a chance de encontrar um material compatível, é de 1 para 100 mil. Com a célula da própria pessoa, a compatibilidade é de 100%, facilitando e agilizando o tratamento"
O site da Cryopraxis encontrá-se neste link.
A empresa possui também um serviço de telefonia gratuita: 0800 606 777 e páginas nas redes socias: Twiter, Facebook, YouTube e Instagran.
O canal do YouTube possui vídeos de reporatagens da grande mídia relacionadas à empresa e a sua área de atuação.


domingo, 12 de abril de 2015

Tratamento de ELA - Esclerose Lateral Amiotófica - com o uso de células-tronco


Células-tronco retiradas da gordura da barriga do paciente foram a esperança de vida para o Sr. Henrique, paciente de esclerose lateral amiotrófica,que, aos 68 anos, quase não se movimentava e tinha dificuldade para falar e comer.

Depois do transplante, a esclerose chegou até a regredir.


A esclerose lateral amiotrófica é uma doença auto-imune que ataca o sistema nervoso central. Os neurônios que controlam os movimentos dos músculos vão se degenerando progressivamente até levar à morte do paciente.


A nova alternativa de tratamento ainda está em fase de pesquisa e, por enquanto, este procedimento ainda não poderá ser aplicado em outras pessoas, mas esta iniciativa abre uma perspectiva de esperança para as pessoas que sofrem com esta doença.

A Lei de Biossegurança


Em 24 de março de 2005, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei nº 11.105 – Lei de Biossegurança.

Esta lei:


  • regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal;
  • estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados;
  • cria o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS);
  • reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio);
  • dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança (PNB);
  • revoga a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995;
  • revoga a Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001;
  • revoga os artigos 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10º e 16º da Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003.


Apesar de sancionada, a Lei de Biossegurança ainda necessitava ainda de regulamentação. O que só ocorreu em 23 de novembro de 2005, pelo Decreto nº 5.591, publicado no Diário Oficial da União.

Leiam a Lei nº 11.105 e a Constituição Federal Brasileira de 88 na íntegra:


 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm 

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

Células-tronco: uma esperança para o tratamento de doenças.



O sangue contido no cordão umbilical, durante a gravidez, tem a função de levar oxigênio e nutrientes essenciais da mãe para o bebê. Há alguns anos, esse sangue era totalmente descartado. Hoje, no entanto, inúmeras pesquisas em andamento buscam identificar como as células-tronco, presentes no sangue do cordão umbilical, podem ajudar a salvar vidas.

Segundo a Fundação Parent’s Guide to Cord Blood, as células-tronco já são utilizadas para o tratamento de 79 tipos de doenças, sendo que, destas, 36 enfermidades já se encontram em fase de aplicação em voluntários humanos. Dentre as principais, para as quais as células-tronco tem se mostrado benéficas, estão a leucemia, talessemia e linfomas. Além disso, muitas doenças estão em estudo, como diabetes tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a cura da aids.


De acordo com o hematologista e diretor técnico da Criogênesis, Nelson Tatsui, esses dados mostram o porquê de muitas famílias buscarem ajuda para armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus filhos recém-nascidos, a fim de não precisarem recorrer a alguém que possa doar células caso, algum dia, venham precisar. “O acesso à informação sobre o procedimento, as vantagens e os preços mais acessíveis são prerrogativas que têm feito com que as famílias optem pelo armazenamento privado das células-tronco, a fim de serem utilizadas pelos próprios filhos”, explica.


Armazenadas


Ainda segundo o especialista, as células-tronco do cordão umbilical são células adultas e livres de impurezas, o que garante ainda mais eficiência em seu uso na área terapêutica. “As células, após a coleta, são avaliadas e armazenadas, podendo ficar congeladas por tempo indeterminado sem que haja a perda de suas propriedades terapêuticas. Para se ter uma ideia, existem bolsas de sangue de cordão congeladas há mais de 20 anos”, ressalta o hematologista.


O armazenamento das células-tronco pode também beneficiar parentes próximos, principalmente irmãos. Com as células criopreservadas, há garantia de rapidez no tratamento e não há riscos de rejeição após o transplante, caso elas sejam do próprio doador.





terça-feira, 7 de abril de 2015

Célula-tronco

As células-tronco são células capazes de autorrenovação e diferenciação em muitas categorias de células. Elas podem se dividir e se transformar em outros tipos de células. Além disso, as células-tronco podem ser programadas para desenvolver funções específicas, tendo em vista ainda não possuirem uma especialização.
Basicamente, as células tronco podem se auto-replicar gerando outras células-tronco. 

Potencial das células-tronco.

Tipos de células-tronco:
Existem três principais tipos de células-tronco: as embrionárias e adultas, que são encontradas principalmente na medula óssea e no cordão umbilical; as pluripotentes induzidas, obtidas por cientistas em laboratório no ano de 2007.
Células-tronco embrionárias:
As células pluripotentes, ou embrionárias, são assim chamadas por possuir a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta. Elas são encontradas no embrião, apenas quando este se encontra no estágio de blastocisto (4 a 5 dias após a fecundação). Na figura abaixo, a região circulada em vermelho é chamada Massa Celular Interna e é esta massa de células que chamamos de células-tronco embrionárias.

Células da Massa Celular Interna sendo extraída do blastocisto para obtenção das células-tronco embrionárias.

Em uma fase posterior ao embrião de 5 dias, ele já apresenta estruturas mais complexas como coração e sistema nervoso em desenvolvimento, ou seja, as suas células já se especializaram e não podem mais ser consideradas células-troncos.


O corpo humano possui, aproximadamente, 216 tipos diferentes de células e as células-tronco embrionárias podem se transformar em qualquer uma delas. Esse esquema exemplificando este processo:

Desenvolvimento embrionário desde o zigoto até o indivíduo adulto.

Células-tronco adultas:
Na fase adulta, as células-tronco encontram-se, principalmente, na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, mas cada órgão do nosso corpo possui um pouco de células-tronco para poder renovar as células ao longo da nossa vida, como mostra a figura. Elas podem se dividir para gerar uma célula nova ou outra diferenciada. As células-tronco adultas são chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias.
Células-tronco induzidas:
As primeiras células-tronco humanas induzidas foram produzidas em 2007, a partir da pele. E tem sido daí que são retiradas as células para reprogramação, mesmo que teoricamente, qualquer tecido do corpo possa ser reprogramado. O processo de reprogramação se dá através da inserção de um vírus contendo 4 genes. Estes genes se inserem no DNA da célula adulta, como, por exemplo, uma da pele, e reprogramam o código genético. Com este novo programa, as células voltam ao estágio de uma célula-tronco embrionária e possuem características de autorrenovação e capacidade de se diferenciarem em qualquer tecido, como na figura mais abaixo.
Estas células são chamadas de células-tronco de pluripotência induzida ou pela sigla iPS (do inglês induced pluripotent stem cells).

Esquema mostra como é feita a reprogramação das células da pele através da inserção dos vetores virais.


Fonte: Rede Nacional de Terapia Celular. 
http://celulastroncors.org.br/celulas-tronco-2/
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