sexta-feira, 17 de abril de 2015

Células-tronco mesenquimais (cordão umbilical) - Devemos preservar?

 
Existem dois tipos de células-tronco: embrionárias e adultas. Acredita-se que as embrionárias sejam mais capazes de regeneração, comparadas às células adultas, pelo fato de poderem se transformar em quase qualquer célula do corpo.

As célula-tronco embrionárias encontram-se no cordão umbilical e podem ser retiradas no momento do nascimento da crianças e armazenadas para posterior utilização, caso esta criança necessite futuramente passar por algum tratamento genético.


Necessidades como esta são raras, mas quando ocorrem levam o paciente e seus familiares a momentos de grande tensão durante a fase de procura por doadores compatíveis. Não é raro um paciente não encontrar nenhum doador aparentado e os doadores anônimos são poucos.




No caso de tratamentos com material genético do próprio paciente tudo fica mais fácil, principalmente porque pode englobar inclusive aquelas famílias de religiões que proíbem tratamentos que envolvam o sangue de terceiros.


Entre as doenças que podem ser tratadas com o uso de cordão umbilical estão: alguns tipos de leucemias (inclusive muitas delas malígnas), certas anemias, algumas doenças metabólicas, imunodeficiências, deficiências medulares, certos tipos de  hemoglobinopatias, além de doenças como Síndrome de Evans, Osteoporose e Histiocitose das células de Langerhans.

A Rede BrasilCord conta com 13 Bancos Públicos de sangue de Cordão Umbilical em funcionamento e com ela as chances de transplantes para pacientes que não possuem doador aparentado aumentam consideravelmente, bem como o número de transplantes a serem realizados, salvando mais vidas. A Rede BrasilCord é uma rede nacional de bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário para transplante de células-tronco hematopoiéticas. Criado em 29 de setembro de 2004 através da Portaria Nº 2.381/GM, essa Rede pública é formada pelos Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) já existentes e em operação no Instituto Nacional do Câncer - INCA/Rio de Janeiro e no Hospital Albert Einstein - HIAE/São Paulo, e pelos demais BSCUP que vierem a ser implantados, com base nas necessidades epidemiológicas, na diversidade étnica e genética da população brasileira e segundo critérios a serem estabelecidos pelo Ministério da Saúde.


O doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 30% das famílias brasileiras - para os 70% restantes é necessário identificar o doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários e bancos públicos de sangue de cordão umbilical.


A doação do cordão umbilical do recém-nascido para um banco público é voluntária e autorizada pela mãe do bebê. As unidades armazenadas ficam disponíveis para qualquer pessoa que precise de transplante de medula óssea, indicação para pacientes com leucemia e outras doenças do sangue.


Os bancos da Rede BrasilCord mantém convênio com determinadas maternidades. As doações só podem ser realizadas nestes hospitais conveniados, onde existem equipes treinadas para realizar a abordagem da gestante, acompanhamento da gestação e coleta do material no momento do nascimento.


O serviço de armazenamento de células-tronco do cordão umbilical não pode ser entendido como um seguro de vida. Não há nenhuma garantia sobre o resultado dos tratamentos e terapias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...